Arquivo do dia: 12 de março de 2011

>Saiba como converter vídeos e adicioná-los em Dispositivo Móvel

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Colunista ensina a converter vídeos do YouTube.

Com a popularização de dispositivos móveis (smartphones, tablets e afins) capazes de exibir vídeos, tocar músicas em formato digital, eles têm se tornado “companheiros inseparáveis”. Muitos modelos contam com telas de LCD com dimensões apropriadas para exibição de vídeos e podendo armazenar grandes quantidades de arquivos.

Mas por se tratarem de eletrônicos com capacidade de processamento reduzida se comparados a um PC, é recomendável evitar que neles sejam inseridos vídeos em formatos que originalmente são executados no computador.
Nesta coluna irei apresentar o Mobile Media Converter. Por meio dele é possível adicionar legendas em vídeos, podendo baixá-los diretamente do YouTube e convertê-los em formatos compatíveis com os principais dispositivos. O Mobile Media Converter possuí instalador para Windows, Linux e Mac OS X e pode ser obtido neste site ou diretamente pelo fabricante.
Vale salientar que, antes de instalar ou atualizar qualquer programa no sistema operacional Windows, é recomendável que tenha sido criado previamente um ponto de restauração do sistema pois, através dele, será possível corrigir eventuais problemas que possam ocorrer após a instalação do programa.

Após a instalação do Mobile Media Converter, execute o programa a partir do atalho que estiver disponível.

Tela inicial do Mobile Media Converter  (Foto: Reprodução)Tela inicial do Mobile Media Converter (Foto: Reprodução)

O programa não converte apenas arquivos da internet, você pode realizar a conversão entre formatos adicionando ao programa, vídeos que estejam em seu computador. Para incluir o arquivo na lista de conversão, basta arrastar e soltar onde aparece a escrita Drag & Drop here.
Se acaso você quiser converter um vídeo com legendas para depois visualizá-lo num iPod ou iPhone, selecione na opção Conversion to o formato iPhone/ iPod Video With subs. Arraste e solte na área indicada o arquivo do vídeo e o arquivo da legenda. Em seguida clique no botão Convert.

Convertendo um arquivo de vídeo  com legenda (Foto: Reprodução)Convertendo um arquivo de vídeo com legenda (Foto: Reprodução)

Ao término do processo de conversão do vídeo para o formato escolhido. O arquivo gerado estará disponível em sua área de trabalho. Se você preferir, este local pode ser alterado através do campo Output File/Folder.
Também é possível fazer o download de vídeos do YouTube usando o Mobile Media Converter. Para isso basta clicar no botão Add YouTube vídeo e colar a URL do vídeo que você deseja baixa e clicar no botão Download. O programa oferece a possibilidade de criar uma lista de vídeos que serão baixados. Nesse caso, ao invés de clicar no botão Download, você deve clicar em Add to queue para incluí-lo na lista.

Fazendo o download de vídeo no YouTube (Foto: Reprodução)Fazendo o download de vídeo no YouTube (Foto: Reprodução)

Após o download do vídeo, o arquivo estará disponível, mas no formato .flv. Arquivos nesse formato podem ser executados no PC pelo próprio Mobile Media Converter, VLC Player entre outros players que suportam esse formato de arquivo. Mas para que o vídeo obtido no site do YouTube possa ser exibido num dispositivo móvel, é preciso convertê-lo para um formato apropriado. Além das funcionalidades descritas acima, também é possível obter a trilha de áudio de um determinado vídeo e transformá-la em arquivo no formato MP3, podendo também convertê-la em arquivo que pode ser usado como toque do aparelho de telefone celular.
O Mobile Media Converter é um programa indispensável para os usuários que desejam converter os seus vídeos e posteriormente visualizá-los em dispositivos móveis. A coluna Tira-dúvidas vai ficando por aqui, se desejar, deixo seu comentário, crítica ou sugestão na área de comentários. Até a próxima.

* Ronaldo Prass é programador de sistemas sênior e professor de linguagens de programação em cursos de extensão universitários. É ao mesmo tempo um entusiasta do software livre e macmaníanco. Nem por isso deixa de conferir o que está rolando nas outras tecnologias. Na coluna “Tira-dúvidas”, ele vai dar dicas para tornar o uso do computador mais fácil e divertido, além de responder as dúvidas dos leitores na seção de comentários.

Fonte: G1

Câmera digital é um verdadeiro salão de beleza

Galeria

Aniversário de Recife – 12 de março

Esta galeria contém 1 fotos.

Parabéns a esta linda e maravilhosa cidade – Recife. Em 12 de março de 1537 exatamente, a capital do estado de Pernambuco, Recife, era fundada. O nome foi escolhido por causa dos arrecifes – rochedos de coral e arenito formando … Continuar lendo

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>Dia do Aniversário de Recife

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Imagem: google.com

Parabéns a esta linda e maravilhosa cidade – Recife.

Em 12 de março de 1537 exatamente, a capital do estado de Pernambuco, Recife, era fundada. O nome foi escolhido por causa dos arrecifes – rochedos de coral e arenito formando uma muralha natural que circundam todo seu litoral.
Localizada na foz dos rios Capiberibe e Beberibe, Recife é conhecida como a “Veneza brasileira”, em alusão à cidade italiana que tem inúmeros canais e pontes atravessando seus rios.
É considerada uma cidade histórica por ter várias construções tombadas pelo Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade e muito visitada por turistas fascinados pela beleza de seu litoral.

Sob o domínio holandês

Maurício de Nassau

Recife era uma pequena colônia de pescadores quando foi fundada, em 1537. Por ser uma cidade litorânea, logo foi construído um porto, utilizado por Olinda, outra cidade pernambucana, na época, capital da Capitania, para escoar a produção de açúcar.
Com o incremento da atividade portuária, Recife se desenvolveu rapidamente e sua prosperidade logo atraiu colonizadores, vindos de terras distantes como a Holanda.
Em 1630, os holandeses desembarcaram em Pernambuco, precisamente na praia conhecida como Pau Amarelo. Logo alcançaram Olinda e depois Recife. Permaneceram no estado por 24 anos, principalmente na capital, que foi a sede do domínio holandês.
Os holandeses foram liderados por João Maurício, o Conde de Nassau-Liegen, que, em 1637, deu início ao processo de urbanização e construção da “Mauritzstadt” também chamada de cidade Maurícia.
Maurício de Nassau assumiu o cargo de governador de 1637 a 1644. Neste período se preocupou com o embelezamento e modernização da cidade. Pavimentou ruas, drenou pântanos, construiu pontes, canais, estradas, escolas, um jardim botânico (o primeiro do Brasil) e um observatório astronômico. Transformou o que era um pequeno vilarejo num moderno centro urbano. E com o objetivo de investir em cultura, copiando o que vira nas cidades européias que visitou, importou missões artísticas e científicas para cidade, tornando-a pólo cultural do Nordeste.
Recife era uma pequena colônia de pescadores quando foi fundada, em 1537. Por ser uma cidade litorânea, logo foi construído um porto, utilizado por Olinda, outra cidade pernambucana, na época, capital da Capitania, para escoar a produção de açúcar.
Com o incremento da atividade portuária, Recife se desenvolveu rapidamente e sua prosperidade logo atraiu colonizadores, vindos de terras distantes como a Holanda.
Em 1630, os holandeses desembarcaram em Pernambuco, precisamente na praia conhecida como Pau Amarelo. Logo alcançaram Olinda e depois Recife. Permaneceram no estado por 24 anos, principalmente na capital, que foi a sede do domínio holandês.

Evolução Urbana

O núcleo primitivo urbano da Cidade nasceu com o Porto do Recife e era constituído originalmente por conjunto de estreitas ilhas e camboas, resultantes das ações de depósito trazidos pelos rios e pelas correntes marítimas e do aterro de manguezais, em diversos momentos da história. A ocupação, restrita a uma pequena povoação, era feita por marinheiros, carregadores e pescadores, morando em casas de palha na extremidade sul da península. A constituição desta Vila é registrada já em 1537.
Até a chegada dos holandeses (1630), Recife dependia de Olinda – local de moradia da aristocracia do açúcar. Os invasores preferiram se estabelecer nas terras baixas do Recife, seja porque o sítio de Olinda não favorecia aos seus interesses militares e comerciais, seja pela semelhança do sítio do Recife com as terras da Holanda. A ocupação foi sendo feita por soldados, colonos, habitantes de Olinda (incendiada pelos holandeses) e por imigrantes judeus.
A intervenção holandesa (1637-1654) foi um fator decisivo para o direcionamento dos três eixos de urbanização da parte central do Recife, com a construção de fortes e redutos para impedir os ataques por terra e, também, através da intervenção planejada de Maurício de Nassau. O primeiro eixo seguiu em direção ao norte do bairro do Recife, no caminho para Olinda, onde atualmente, encontra-se a Fortaleza do Brum e a fábrica de biscoitos Pilar. O segundo eixo, atravessou o rio Capibaribe e ocupou a ilha de Antônio Vaz, atuais bairros de Santo Antônio e São José. Ainda durante século XVII, construiu-se a Fortaleza das Cinco Pontas e a ligação por dique, deste forte ao “Aterro dos Afogados”, atual rua Imperial. O terceiro, configurou-se nos meados do século XVIII a partir da implantação do aterro da Boa Vista, na margem esquerda do Capibaribe, contornado a rua da Imperatriz e, na parte mais firme, o bairro da Boa Vista.
Cabe ressaltar que, em paralelo aos eixos, os aterros contribuíram para ampliar a área construída das ilhas do Recife e de Antônio Vaz; dos arredores do Cabanga, da Boa Vista, dos Coelhos e da Ilha do Leite; bem como dos dois lados da bacia do Pina e nas imediações da área portuária.
Deve-se ressaltar a importância das intervenções públicas, que modificaram as paisagens, nos séculos passados. Não se pode esquecer a pioneira intervenção planejada a partir do plano Pieter Post encomendada por Nassau e parcialmente executada na Ilha de Antônio Vaz (bairro de São José). Em meados do século XIX, foram as reformas do Conde da Boa Vista; no início do século XX, Sigismundo Gonçalves, no bairro do Recife. Estenderam-se estas intervenções, nas décadas de 40-50, com a abertura das avenidas Guararapes e Conde da Boa Vista, chegando ao prolongamento da abertura da avenida Dantas Barreto nos bairros de São José e Santo Antônio ocorrida na década de 70.
A cidade do Recife, mais especificamente, o bairro do Recife foi se especializando, a partir dos holandeses, como centro comercial, intermediando a circulação de mercadorias em função da presença do porto e dos judeus, comerciantes por excelência. Surgiram sobrados com o comércio localizado no térreo e a moradia nos andares superiores. Com a especialização cada vez maior do centro (setor de serviços e bancário) a população foi deixando o centro como lugar de moradia; São José que era habitado pela classe média na década de 30-40, passa pela deterioração das habitações, surgimento de cortiços e pensões e depois, estabelecimentos comerciais; o bairro do Recife, no início do século XX já apresentava alto grau de especialização, como local portuário e entreposto comercial. Nos outros bairros, continuou a predominância da função residencial, inclusive para a população de baixa renda – os mocambos se faziam presentes em toda cidade.
A mudança de uso, de habitação para comércio e serviços, iniciada no começo do século XX no bairro do Recife, continua em meados do século em São José e Santo Antônio, se intensifica na década de 60 na Boa Vista e Santo Amaro e agora mais recentemente na Ilha do Leite.

Recife – Aspectos gerais
Recife, capital do Estado de Pernambuco, situá-se no litoral nordestino e ocupa uma posição central, a 800 km das outras duas metrópoles regionais, Salvador e Fortaleza, disputando com elas o espaço estratégico de influência na Região.
Clima: quente e úmido
Temperatura média: 25,2º C
Altitude: 4 m
Coordenadas geográficas: latitude 8º 04′ 03” S e longitude 34º 55′ 00” W
Área: 219,493 km2
Composição da área territorial:
Morros: 67,43%
Planícies: 23,26%
Aquáticas: 9,31%
Zonas Especiais de Preservação Ambiental – ZEPA: 5,58%
Extensão de praia: 8,6 km.
Divisão territorial:
94 bairros
6 Regiões Político – Administrativas – RPA:
RPA 1 – Centro: 11 bairros
RPA 2 – Norte: 18 bairros
RPA 3 – Noroeste: 29 bairros
RPA 4 – Oeste: 12 bairros
RPA 5 – Sudoeste: 16 bairros
RPA 6 – Sul: 8 bairros
66 Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS

Evocação a Recife

Nascido em Recife, o poeta Manuel Bandeira homenageia a cidade com este poema:
Recife
Não a Veneza americana
Não a Mauritsstad dos armadores das Índias Ocidentais
Não o Recife dos Mascates
Nem mesmo o Recife que aprendi a amar depois
Recife das revoluções libertárias
Mas o Recife sem história nem literatura
Recife sem mais nada
Recife da minha infância
A rua da União onde eu brincava de chicote-queimado
e partia as vidraças da casa de dona Aninha Viegas
Totônio Rodrigues era muito velho e botava o pincenê
na ponta do nariz
Depois do jantar as famílias tomavam a calçada com cadeiras
Mexericos, namoros, risadas
A gente brincava no meio da rua
Os meninos gritavam:
Coelho sai!
Não sai!
A distância, as vozes macias das meninas politonavam:
Roseira dá-me uma rosa
Craveiro dá-me um botão
Dessas rosas muita rosa
Terá morrido em botão
De repente
nos longos da noite
um sino
Uma pessoa grande dizia:
Fogo em Santo Antônio!
Outra contrariava: São José!
Totônio Rodrigues achava sempre que era são José.
Os homens punham o chapéu saíam fumando
E eu tinha raiva de ser menino porque não podia ir ver o fogo.
Rua da União…
Como eram lindos os montes das ruas da minha infância
Rua do Sol
(Tenho medo que hoje se chame de dr. Fulano de Tal)
Atrás de casa ficava a Rua da Saudade…
…onde se ia fumar escondido
Do lado de lá era o cais da Rua da Aurora…
…onde se ia pescar escondido
Capiberibe- Capiberibe
Lá longe o sertãozinho de Caxangá
Banheiros de palha
Um dia eu vi uma moça nuinha no banho
Fiquei parado, o coração batendo
Ela se riu
Foi o meu primeiro alumbramento
Cheia! As cheias! Barro boi morto árvores destroços redemoinho sumiu
E nos pegões da ponte do trem de ferro
os caboclos destemidos em jangadas de bananeiras
Novenas
Cavalhadas
E eu me deitei no colo da menina e ela começou
a passar a mão nos meus cabelos
Capiberibe- Capiberibe
Rua da União onde todas as tardes passava a preta das bananas
Com o xale vistoso de pano da Costa
E o vendedor de roletes de cana
O de amendoim que se chamava midubim e não era torrado era cozido
Me lembro de todos os pregões:
Ovos frescos e baratos
Dez ovos por uma pataca
Foi há muito tempo…
A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errada do povo
Língua certa do povo
Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil
Ao passo que nós
O que fazemos
É macaquear
A sintaxe lusíada
A vida com uma porção de coisas que eu não entendia bem
Terras que não sabia onde ficavam
Recife…
Rua da União…
A casa de meu avô…
Nunca pensei que ela acabasse!
Tudo lá parecia impregnado de eternidade
Recife…
Meu avô morto.
Recife morto, Recife bom, Recife brasileiro
como a casa de meu avô.

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, UFGNet